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Saiba como funciona o tratamento com luz pulsada para Síndrome do Olho Seco

Resultado do estilo de vida moderno, a Síndrome do Olho Seco tem se tornado uma queixa cada vez mais comum nos consultórios médicos. Segundo a Associação dos Portadores de Síndrome do Olho Seco, estima-se que até 24% da população brasileira sofra com o problema. Ou seja, mais de 50 milhões de pessoas enfrentam algum desconforto relacionado à doença, como ressecamento ocular, ardência e embaçamento da visão.

Apesar do uso de colírios lubrificantes, conhecidos como lágrimas artificiais, ser uma indicação habitual de tratamento, a luz pulsada é uma das melhores formas de tratar o olho seco. No texto de hoje vou mostrar como funciona esse tratamento e para que perfil de paciente ele é indicado. Acompanhe!

Sobre a Síndrome do Olho Seco

A Síndrome do Olho Seco, também conhecida como síndrome da disfunção lacrimal, é uma doença  caracterizada pela diminuição da quantidade ou alteração da qualidade das lágrimas produzidas pelas glândulas lacrimais. Em decorrência disso, a lubrificação dos olhos é comprometida e o paciente acaba sentindo incômodos, como ressecamento ocular, ardência e embaçamento da visão.

A utilização prolongada de dispositivos eletrônicos, exposição constante ao ar condicionado, o uso incorreto das lentes de contato e fatores, como tabagismo e doenças crônicas, podem desencadear o surgimento do problema.

O que é o tratamento com luz pulsada

A lágrima é uma secreção formada por cerca de 100 componentes, divididos entre muco, água e gordura. Quando algum fator compromete o equilíbrio dessas substâncias, a lágrima acaba não conseguindo cumprir a sua função, que é de proteger, limpar e lubrificar a superfície ocular. Com isso, é comum que a pessoa comece a apresentar sintomas compatíveis com a Síndrome do Olho Seco.

Um dos principais causadores desse desequilíbrio das substâncias lacrimais é a Disfunção das Glândulas de Meibômio (DGM). Essas glândulas são responsáveis por secretar os lipídios (gordura) que formam a camada externa do filme lacrimal. Quando esse tipo de disfunção acontece, a lágrima começa a evaporar mais rápido que o normal da superfície do olho, não cumprindo o seu papel de proteção e lubrificação.

É justamente nesses casos que o tratamento com luz pulsada é recomendado. Por meio de um, equipamento projetado especificamente para o tratamento da Síndrome do Olho Seco ligada à DGM, uma luz pulsada regulada de alta intensidade é emitida sobre as glândulas meibomianas inativas ou obstruídas do paciente. Em resposta a esse estímulo, essas glândulas voltam a funcionar, entregando lipídios e proteínas ao filme lacrimal e evitando o capotamento precoce das lágrimas.

Como funciona o tratamento

Minimamente invasivo e totalmente seguro para o paciente, o tratamento com luz pulsada geralmente envolve três ou quatro sessões com duração média de cinco minutos cada uma. O protocolo de intervalo entre uma aplicação e outra é de 15 e 30 dias e uma sessão anual é recomendada posteriormente para não perder os ganhos conquistados durante o tratamento.

Os resultados são imediatos e cumulativos. Ou seja, a cada nova sessão realizada, o paciente consegue perceber uma melhora gradual dos incômodos causados pela Síndrome do Olho Seco.

Ficou com alguma dúvida sobre o tratamento com luz pulsada? Deixe o seu comentário e vamos conversar!

Dr. Rodrigo Fernandes
Oftalmologista
CRM 65641 | RQE 33003

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