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Idosos e depressão: como as doenças oculares podem agravar essa relação

A falta de acompanhamento oftalmológico na terceira idade pode levar a problemas que vão além da saúde ocular. Doenças como a depressão podem ser agravadas pela baixa visão que, por ser considerada uma condição comum nesta fase da vida, muitas vezes não é devidamente diagnosticada e tratada, levando ao comprometimento da qualidade de vida dos idosos.

Sendo assim, é muito importante fazer o acompanhamento com o oftalmologista para que as doenças relacionadas à visão que são mais comuns na terceira idade possam ser diagnosticadas e tratadas o quanto antes. Afinal, idosos e depressão é um assunto muito sério e que precisa ser cada vez mais abordado e discutido.

No texto de hoje vou mostrar quais são as doenças oculares mais comuns após os 60 anos e os seus respectivos sintomas. Vale a pena ficar atento e conferir.

A relação entre idosos e depressão

Setembro Amarelo: o mês de prevenção ao suicídio. Além de promover mais visibilidade e conscientização sobre o assunto, também serve de alerta para temáticas como a relação entre idosos e depressão.

Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, mostram que a média de suicídio em pessoas acima dos 70 anos é de 8,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Essa média é considerada alta pelos especialistas e inclusive está acima da taxa nacional, que é de 5,5 óbitos a cada 100 mil habitantes.

A visão é um sentido extremamente importante para o ser humano. Quando ele é comprometido por alguma razão, atividades simples e prazerosas do dia a dia, como ler assistir TV e cozinhar, são afetados, gerando impactos principalmente nas pessoas com mais idade.

Normalmente isso acontece porque o processo natural de envelhecimento faz com que algumas atividades, antes realizadas sem nenhum tipo de problema, já não sejam mais desempenhadas da mesma forma. Esse fator, associado aos distúrbios da visão, pode acabar resultando em um estado depressivo nas pessoas da terceira idade.  

Além disso, a baixa visão também pode levar a outras consequências importantes, como a intoxicação por ingestão de remédios trocados, quedas e atropelamentos. Nesse sentido, é muito importante conhecer quais são as principais doenças oculares que acometem os idosos e os seus respectivos sintomas, a fim de procurar ajuda médica o mais cedo possível.

Doenças oculares comuns em idosos

Catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade (DMRI) são algumas das doenças oculares mais comuns em idosos e estão diretamente relacionadas à perda gradual da visão. Veja a seguir algumas informações sobre esses distúrbios da visão.

Catarata

O que é: é a opacificação do cristalino (lente situada atrás da íris, cuja transparência permite que a luz atravesse para chegar na retina e, assim, formar a imagem), o que compromete a visão. A evolução costuma ser lenta e pode acometer um olho mais intensamente que o outro

Principais sintomas: o principal sintoma é o embaçamento da visão. Além disso, sensibilidade à luz, visão com brilho e dificuldade para ler e dirigir também podem acontecer.

Glaucoma

O que é: o glaucoma é uma lesão no nervo óptico geralmente causada pelo aumento da pressão intraocular. Se não for tratada a tempo, pode comprometer significativamente a visão e causar, inclusive, cegueira irreversível.

Principais sintomas: muitas pessoas não apresentam sintomas antes do início do comprometimento da visão, mas o glaucoma pode ser detectado em exames oftalmológicos de rotina e na medição da pressão ocular.

Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

O que é: causa comum da perda de visão entre os idosos, a DMRI é uma doença ocular que ocorre quando a mácula (área nobre da retina) tem suas células degeneradas, afetando a visão central.

Principais sintomas: no início, a doença só pode ser detectada em consultório por meio do exame do fundo de olho. Porém, em estágios moderados e graves, distorção das imagens, mancha escura e perda da visão central são alguns dos sintomas mais comuns.

Cuidados

Embora essas doenças sejam comuns em pessoas na terceira idade, o envelhecimento não é uma sentença para enxergar mal. Isso porque, com os devidos diagnósticos e tratamentos, é possível recuperar a nitidez da visão e ter uma boa qualidade de vida.

O ideal é que as pessoas acima de 60 anos façam acompanhamento anual com um oftalmologista. Porém, caso haja alteração no exame do fundo do olho ou se o paciente for portador de outras complicações, como hipertensão e diabetes, esse acompanhamento deve ser feito de forma ainda mais frequente, conforme orientação do médico.

Drª Paula Borges Carrijo
Oftalmologista
CRM 53336 | RQE 41855

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